Laboratório de investigação indisciplinar sobre corpo e tecnologia, com Jaime Lobato & Mateus Knelsen. Brasil (USP)/ México (UNAM).

  • Oficina e palestra na Cidade do México, Laboratorio Arte Alameda
  • Palestras na Cidade do México
  • Laboratório no Posgrado en Diseño Industrial UNAM
  • Oficina de Alejandro Ahmed e palestras no Paço das Artes em São Paulo
  • Performances no Instituto de Artes UNESP, São Paulo
  • Exposição no Instituto de Artes UNESP, São Paulo
  • Laboratório na Engenharia USP, São Paulo
  • Brunch de inauguração de projeto no Garoa Hacker Club, São Paulo
  • Cartazes para comunicação do projeto. Design Mateus Knelsen
  • Obra: Baticum Artistas: Fernando Velazquez & Erick Omini
  • Cartaz Brunch de Inauguração Design: Mateus Knelsen
  • Obra: Cinto de Castidade Artista: Rosangela Leote
  • Convocatoria para Laboratorio USP
  • Obra: CyBaby Artista: Lina Lopez & Diana Muegler
  • Cartaz exposição Hibrida Design: Mateus Knelsen
  • Exposição Hibrida no Instituto de Artes UNESP
  • Obra: Tecnopasse Hackianista Artistas: Autores: Carolina Berger, Nigel Anderson & Rodrigo Rezende
  • Obra: Tecnopasse Hackianista Artistas: Autores: Carolina Berger, Nigel Anderson & Rodrigo Rezende
  • Obra: Tecnopasse Hackianista Artistas: Autores: Carolina Berger, Nigel Anderson & Rodrigo Rezende
  • Obra: Tecnopasse Hackianista Artistas: Autores: Carolina Berger, Nigel Anderson & Rodrigo Rezende
  • Laboratório de sensores biofísicos México, UNAM
  • Cartaz oficina Alejandro Ahmed Design: Mateus Knelsen
  • Obra: Tecnopasse Hackianista Artistas: Autores: Carolina Berger, Nigel Anderson & Rodrigo Rezende
  • Palestra de Pablo Padilla, México
  • Cartaz de programa de conferencias México Design: Mateus Knelsen
  • Cartaz de programa de conferencias São Paulo Design: Mateus Knelsen
  • Cartaz Oficina Re:Procesos, Laboratorio Arte Alameda, México Design: Mateus Knelsen
  • Obra: Simulador de Sinestesia Artistas: Alex Tso, Gloria Fernandes, Loren Bergantini, Rafael V. Ribeiro, Vinicius Franulovic
  • Obra: Simulador de Sinestesia Artistas: Alex Tso, Gloria Fernandes, Loren Bergantini, Rafael V. Ribeiro, Vinicius Franulovic
  • Obra: UTCAT Artistas: Célio Ishikawa, Dario Vargas, George Rufato, Luciana Santos, Mauricio Mancuzi
  • Obra: UTCAT Artistas: Célio Ishikawa, Dario Vargas, George Rufato, Luciana Santos, Mauricio Mancuzi
  • Palestra de Edith Medina, México
  • Palestra de Minerva Trejo

Projeto de investigação coletiva
Ano: 2014
Idealizadores e Gestores: Paloma Oliveira & Jaime Lobato
Design e co-gestor: Mateus Knelsen
Laboratórios de desenvolvimento: InovaLab@PoliUSP, São Paulo. PDI Posgrado Diseño Industrial, UNAM Cidade do México
Palestras: Paço das Artes, São Paulo. IIMAS UNAM, Cidade do México
Exposição e performances: Zonas de Compensação, GIIP Instituto de Artes UNESP, São Paulo

Resumo do programa em São Paulo

HibridaLabSP: desenvolvimento de prototipos ampliadores de percepção por convocatória

Palestras (em português)

Como ouvimos? Um panorama fisiológico. Luiz Carlos Barboza Jr

Percepção, Cognição,
Sinestesia
.Sérgio Basbaum

Como vemos? Fisiologia da Visão. Christina Joselevitch

Fotometria – a perspectiva de visão dos devices. Balázs Vince Nagy

Biomecatrônica, estruturas para corpos. Arturo Forner-Cordero

Subersão dos meios. Marcus Bastos

Biotecnologia. Andrés Ochôa

Oficina especial de prática corporal com os acoplamentos desenvolvidos no lab. Com: Alejandro Ahmed & Mariana Romagnani

Resumo do programa na Cidade do México

HibridaLabMex: Laboratório de esculturas com impressoras 3D a partir de dados de sensores biofísicos
Laboratório de desenvolvimento de obras por Jaime Lobato, Mateus Knelsen e Paloma Oliveira
Oficina Re.Processos. Oficina que ensina programação criativa a partir da engenharia reversa dos projetos desenvolvidos no Brasil.

Conferências. Palestras sobre arte, ciencias e biotecnologia (em espanhol)

De princesita linda a gata berrinchuda: La tecnología como interfaz”. Carlos Sandoval.

Visiones Biologicas, Miradas Intimas“. Edith Medina.

Quimeras Geneticas. El arte de la síntesis genética”. Pablo Padilla.

Esthel Vogrig. “El cuerpo como primer medio

Cartografias enactivas y transdisciplinarias”. Minerva Hernandez Trejo & Miriam Beutelspacher.

Poéticas Hibridas: Jaime Lobato e Paloma Oliveira

Visão geral do projeto

A expansão da percepção humana, tais como visão, audição e tato e a exploração de técnicas para gerar conexões entre corpo e tecnologia adquirem um nível de experimentação tecnológica e reflexão artística em “Hibrida: prototipagem experimental de ampliadores de percepção”.

Este projeto fomenta a produção e inovação tecnológica com os recursos que temos disponíveis hoje em dia. É um projeto de encontros, conexões entre: criação de protótipos em laboratório de eletrônica experimental; conversas sobre arte, ciências e (bio)tecnologia; e prática de percepção corporal com os dispositivos ampliadores de percepção construídos no laboratório de prototipagem.

O projeto começou no Brasil (USP Universidade de São Paulo entre 17 de março e 30 de abril de 2014) e encerrou no México (UNAM Universidad Nacional Autónoma de México entre 12 de maio e 28 de junho de 2014).

Criar conexões, aumentar a potência das idéias propostas, discutir o papel do corpo em meio às inovações (bio)tecnológicas são pontos fundamentais para o projeto.

A parte teórica do projeto é composta por palestras abertas e as atividades de laboratório e oficinas foram limitadas (por uma questão de espaço) aos participantes que se inscreveram em convocatória pública. O desenvolvimento dos projetos foi documentado e aberto para posterior investigação de interessados na Wiki e no Blog dos projetos.

As atividades teóricas funcionaram como apoio para o laboratório e um lugar para que estes encontros pudessem se aprofundar de forma técnica e poética.

Para Hibrida todas as vozes são bem vindas.

O projeto aconteceu em São Paulo e na Cidade do México entre março e julho de 2014, e serviu como plataforma compartilhada e coletiva de investigação sobre corpo e tecnologia.

Híbrida é uma parceria com os artistas Jaime Lobato e Mateus Knelsen. O projeto contou com a participação intensa e direta de cerca de 120 pessoas nos dois países, números que não incluem a participação de público esporádico durante as palestras e exposição.

Durante os quase cinco meses de projeto propulsionamos um grande laboratório (in)disciplinar – como nomeia Christine Greiner, representando projetos com fronteiras mais borradas que o transdisciplinar. O laboratório somou ações práticas e teóricas focadas na experimentação para criação de dispositivos ampliadores de percepção.

Unindo funcionalidade e plasticidade, formamos uma comunidade entusiasmada e disposta a sair de nossas zonas de conforto. Realizou-se um conjunto de ações teóricas (palestras), práticas (oficinas de programação, sensores biofísicos, eletrônica e performance corporal) e de investigação laboratorial, que aconteceram de forma simultânea, para buscarmos juntos compreender o funcionamento de nossos corpos e de tecnologias eletrônico-digitais. Investigamos assim não somente o que poderia ser um “acoplamento”(trazendo aqui a referência a Maturana e Varela e o conceito de acoplamento estrutural), uma “”prótese”, mas uma gama variada de pontos de vista e técnicas, buscando o que seria a “percepção” para podermos propor dispositivos conectados ao corpo que ampliassem o que compreendemos como “corpo” e como “tecnologia”, propondo diálogos intensos e inesperados.

Os projetos do Híbrida tinham a função de serem polifuncionais, um lugar de encontros de linguagens com a intenção de promover a construção coletiva de um dispositivo que tivesse diversas finalidades e que despertasse o interesse das mais diversas áreas: medicina, arte, engenharias, biologia, arquitetura, design, história, pedagogia, etc. Partimos do pressuposto que a intersecção entre áreas de conhecimento dilui as bordas de distinção entre saberes para apontar alternativas criativas tanto para a resolução de problemas quanto para propor formas de experienciarmos o mundo.

Intimamente conectado com a proposição de uma educação com metodologia ampla e que contemple outras formas de saber, optamos pelo eixo central da proposta ter como base a cultura do compartilhamento. Compartilhar o conhecimento torna-se cada vez mais necessário para que modos mais coerentes e justos de se viver em comunidade possam ser praticados. Hoje já é natural e cotidiano o uso das redes para essas ações: listas de discussão, aulas online, sites para distribuição de código, Wikipedia, entre outros, são construções que já alteraram nossa forma de aprender.

Quando estamos fora da rede podemos buscar lugares que abriguem iniciativas “indisciplinares”, cada vez mais comuns de serem encontrados pelo mundo. Geralmente são espaços de cultura “hacker” e suas vertentes, como “makerspaces” ou “fablabs”, mas existem inúmeras proposições sem um “lugar fixo”, que acontecem de forma pontual, dentro de projetos coletivos. Esses lugares propõem novas configurações de ensino e economia, rompendo com antigos paradigmas e procedimentos que causam atraso — se pensarmos em beneficio coletivo — no desenvolvimento cultural e social, tais como patentes e proteção de direitos autorais. Desses espaços nasce um lugar de consciência, onde paramos de olhar a “blackbox”, o dispositivo “mágico”, para compreendermos seu funcionamento e propor novas formas de utilização que partem do usuário e das necessidades comuns, e não da indústria.

É este lugar, com essa visão, que se propôs a ser o Projeto Híbrida.

A inspiração para a formulação do projeto foi o The Eye Writer, criado para que o artista urbano Tony Quan, conhecido como Temptone, que desde 2003 é portador da doença degenerativa ELA Esclerose Lateral Amiotrófica, pudesse retornar a grafitar pelas ruas de Los Angeles mesmo tendo lhe restado apenas o movimento ocular. O Eye Writer se tornou não apenas uma ferramenta artística, mas também um poderoso dispositivo comunicacional que permite que mesmo uma pessoa com severa paralisia possa manter sua relação com parentes, médicos e o mundo ao redor. Desenvolvido por membros do Free Art and Technology(FAT), OpenFrameworks, Graffiti Resarch Lab:Tempt1, Evan Roth, Chris Sugrue, Zach Lieberman, Theo Watson e James Powderly, o projeto é facilmente encontrado na web e desde o começo de seu desenvolvimento tem sua pesquisa, código e materiais abertos para que possa ser replicado.

Para o Híbrida era importante que os envolvidos vislumbrassem possibilidades e contribuíssem com seus interesses pessoais para cada uma das propostas, criando uma ligação pessoal e afetiva com o trabalho. Essa postura diferente de unir um grupo convidando especialistas para atuarem como consultores prestadores de serviço, constrói de forma não hierárquica um projeto que se tornou maior que cada um de nós. São essas vozes distintas comprometidas em unicidade que fizeram toda a diferença no projeto.

Hibrida

Projeto Híbrida, investigação indisciplinar sobre corpo e tecnologia (2014)
Paloma Oliveira, Jaime Lobato & Mateus Knelsen

Tags: Hibrida

Categorias: hibrida, investigação coletiva, corpo e tecnologia