Curadoria com Josy Panão para o festival de arte e tecnologia de Atibaia.

  • Obra: Dilema de um Fugitivo, versão beta. Artista: Mateus Knelsen
  • Obra: XOXOXOLOLOLOL Artista: Thiago Hersan
  • Vista da entrada da exposição II FATA
  • Artistas reunidos na abertura da exposição
  • Artistas reunidos na abertura da exposição
  • Vista geral da entrada da exposição II FATA
  • Artistas reunidos na abertura da exposição
  • Obras: Gude e Dilema de um Fugitivo Artista: Mateus Knelsen
  • Obra: XOXOXOLOLOLOL Artista: Thiago Hersan
  • Artistas reunidos na abertura da exposição
  • Cédula da obra 1+1=3 Artista: Juliana França
  • Obra: Gude Artista: Mateus Knelsen
  • Obra: XOXOXOLOLOLOL Artista: Thiago Hersan
  • Obra: XOXOXOLOLOLOL Artista: Thiago Hersan
  • Cédula de Obra: XOXOXOLOLOLOL Artista: Thiago Hersan
  • Abertura da exposição
  • Obra 1+1=3 Artista: Juliana França
  • Cédula da Obra 1+1=3 Artista: Juliana França
  • Obra: Parede Invisível Artistas: OHMS (Our Home MakerSpace), formado por Dado Sutter, Mariana Salles e Antonio Lutfi
  • Obra: XOXOXOLOLOLOL Artista: Thiago Hersan
  • Obra: Gude Artista: Mateus Knelsen
  • Obra 1+1=3 Artista: Juliana França
  • Obra: Parede Invisível Artistas: OHMS (Our Home MakerSpace), formado por Dado Sutter, Mariana Salles e Antonio Lutfi
  • Abertura da exposição
  • Obra: Gude Artista: Mateus Knelsen
  • Obras: Gude e Dilema de um Fugitivo Artista: Mateus Knelsen
  • Obra: XOXOXOLOLOLOL Artista: Thiago Hersan
  • Obra: XOXOXOLOLOLOL Artista: Thiago Hersan
  • Obra: XOXOXOLOLOLOL Artista: Thiago Hersan
  • Obra: XOXOXOLOLOLOL Artista: Thiago Hersan
  • Obra: Gude Artista: Mateus Knelsen
  • Artistas reunidos na abertura da exposição
  • Obras: Gude e Dilema de um Fugitivo Artista: Mateus Knelsen
  • Obra: Gude Artista: Mateus Knelsen
  • Obra 1+1=3 Artista: Juliana França
  • Artistas reunidos na abertura da exposição
  • Obra: Dilema de um Fugitivo Artista: Mateus Knelsen
  • Obra 1+1=3 Artista: Juliana França
  • Cédula da Obra: Parede Invisível Artistas: OHMS (Our Home MakerSpace), formado por Dado Sutter, Mariana Salles e Antonio Lutfi
  • Obra: Gude Artista: Mateus Knelsen
  • Artistas reunidos na abertura da exposição
  • Obra 1+1=3 Artista: Juliana França
  • Obra: XOXOXOLOLOLOL Artista: Thiago Hersan
  • Obra: Parede Invisível Artistas: OHMS (Our Home MakerSpace), formado por Dado Sutter, Mariana Salles e Antonio Lutfi
  • Artistas reunidos na abertura da exposição
  • Obra: XOXOXOLOLOLOL Artista: Thiago Hersan
  • Obra 1+1=3 Artista: Juliana França
  • Obra 1+1=3 Artista: Juliana França
  • Obra 1+1=3 Artista: Juliana França
  • Obra 1+1=3 Artista: Juliana França
  • Obra 1+1=3 Artista: Juliana França
  • Igor Spacek e Mateus Knelsen
  • Obra: Gude Artista: Mateus Knelsen
  • Obra: Gude Artista: Mateus Knelsen
  • Obra: Gude Artista: Mateus Knelsen
  • Obra: Gude e Dilema de um fugitivo Artista: Mateus Knelsen
  • Obra: Gude Artista: Mateus Knelsen
  • Obra: Dilema de um fugitivo Artista: Mateus Knelsen
  • Obra: Parede Invisível Artistas: OHMS (Our Home MakerSpace), formado por Dado Sutter, Mariana Salles e Antonio Lutfi
  • Obra: Parede Invisível Artistas: OHMS (Our Home MakerSpace), formado por Dado Sutter, Mariana Salles e Antonio Lutfi
  • Obra: Parede Invisível Artistas: OHMS (Our Home MakerSpace), formado por Dado Sutter, Mariana Salles e Antonio Lutfi
  • Obra: Parede Invisível Artistas: OHMS (Our Home MakerSpace), formado por Dado Sutter, Mariana Salles e Antonio Lutfi
  • Obra: XOXOXOLOLOLOL Artista: Thiago Hersan
  • Obra: XOXOXOLOLOLOL Artista: Thiago Hersan
  • Obra: XOXOXOLOLOLOL Artista: Thiago Hersan
  • Obra: XOXOXOLOLOLOL Artista: Thiago Hersan
  • Cartaz oficial do FATA
  • Obra: El amor en los tiempos del código: una boda telemática Artistas: Paloma Oliveira e Mateus Knelsen. Screenshot do Hangout.
  • Obra: El amor en los tiempos del código: una boda telemática Artistas: Paloma Oliveira e Mateus Knelsen
  • Cartaz da obra: El amor en los tiempos del código: una boda telemática. Artistas: Paloma Oliveira e Mateus Knelsen. Convite oficial, Laboratorio Arte Alameda.

II Festival de Arte e Tecnologia de Atibaia
Incubadora de Artistas

Curadoria: Paloma Oliveira e Josy Panão

Artistas:
Thiago Hersan
Mateus Knelsen
Juliana França
OHMS (Dado Sutter, Mariana Salles, Antonio Lutfi)
Paloma Oliveira

Produção: Cybelle Oliveira

GitHub
Catálogo

Como a tecnologia nos afeta e pode nos tornar mais sensíveis em nossas relações cotidianas? Que lugar ela ocupa em nossas vidas? E o que a arte tem a ver com tudo isso?
Além de ocupar um lugar concreto na realidade, a tecnologia povoa e, muitas vezes, tumultua nosso imaginário, atingindo diretamente nossos corpos, que parecem amortecidos diante de tantas variações e velocidades de transformações, inquietações e fabulações criativas. Seus dispositivos oferecem, cada vez mais, possibilidades de reinventar e recriar relações com os outros e com o mundo a nossa volta.

O percurso proposto pela curadoria de Josy Panão e Paloma Oliveira é um convite para uma imersão afetiva no mundo da tecnologia, uma reflexão sobre como essas invenções têm modificado nossa forma de atuar, de nos comunicar e de sentir o outro e a nós mesmos.
Os artistas reunidos nessa exposição estabelecem uma conexão bastante próxima (e por que não dizer íntima?) entre seus processos criativos e a tecnologia para, desde aí, fazerem surgir suas poéticas e suas obras.

Os trabalhos reunidos neste festival foram surgindo a partir de questionamentos sobre as ferramentas tecnológicas e seus limites, que envolvem não só os processos poéticos dos artistas, mas também a forma como podem convocar o público para dentro dessa atmosfera efêmera, fluida e híbrida de criação.

Juliana França nos mostra que, quando a tecnologia se soma aos nossos corpos, a matemática 1+1=2 não é necessariamente válida e podemos ter um resultado mais parecido com 1+1=3, nome da obra que ela apresenta neste festival. Não se trata apenas de uma soma, mas do surgimento de um outro; um novo organismo se forma. É dessa matemática confusa e pouco precisa que nasce o trabalho da artista. A partir da invenção de extensões corporais com materiais simples, ela nos faz repensar criticamente sobre a forma como somos afetados pelos dispositivos que acoplamos aos nossos corpos, provocando uma ressensibilização da relação corpo-tecnologia. Neste processo, emergem questões como: o que fica depois da relação corpo-objeto-criação? Como se deixar afetar pela tecnologia? Como retomar seu uso depois de ter o corpo ativado? Debruçada sobre estas questões, durante três dias (4, 5 e 6 de julho), Juliana ocupará a Incubadora de Artistas e convocará os visitantes da exposição a se tornarem co-criadores de 1+1=3.

Entre os contrastes do analógico e do digital, Thiago Hersan, com o trabalho XOXOXOLOLOLOL, problematiza a automação de afetos nos ambientes das redes sociais digitais, propõe pensar sobre as relações que perpassam, se intensificam ou se desvanecem nesses meios. Ele propõe uma nova rede social de afetos espalhando seus beijos carimbados aos quatro ventos do mundo “real” e “virtual”, ressignificando as formas de comunicação e de afetação que vêm desse gesto (o beijar).

Como sensibilizar a existência ausente de alguém querido e fundamental em sua vida através dos rastros e fragmentos deixados em registros videográficos? Como significar e ressignificar a existência de alguém por meio de dispositivos tecnológicos? Essas são perguntas implícitas nos trabalhos Gude e Dilema de um Fugitivo, de Mateus Knelsen. A partir de suas lembranças de família, quase sempre mediadas por vídeos de arquivos pessoais, o artista compartilha e insere o público na fabulação que lhe permite criar um outro tipo de relação íntima com seu pai (uma forma possível de experimentar no presente sua existência ausente). O público, diante dos trabalhos de Mateus, invade, interfere, manipula e devassa paisagens íntimas oriundas de suas memórias e afetos.

OHMS (Our Home MakerSpace), formado por Dado Sutter, Mariana Salles e Antonio Lutfi, é um coletivo de fazedores-inventores que atua muito mais no campo das invenções do que propriamente no âmbito das regras estéticas da arte. O trio resgata a ciência de garagem, utilizando qualquer material que chega às suas mãos, para desenvolver ferramentas que possibilitem a criação de simuladores e de espaços lúdicos. Para esta edição do festival, eles criam Parede Invisível, uma instalação interativa que desmaterializa os corpos, transformando-os em janelas mágicas que permitem ver através de uma parede. É um jogo entre o corpo do público, os dispositivos tecnológicos e abstrações binárias da programação que revela o que se passa do outro lado da sala, desvelando um certo desejo ou fascínio voyeur.

Um casamento entre pessoas que não estão no mesmo lugar: assim é a performance O amor nos tempos de código: um casamento telemático de Paloma Oliveira e Mateus Knelsen. A apresentação acompanha, transmite e conecta, em tempo real, os noivos e seus convidados na hora do ¨sim¨ de um casamento que acontece entre cidades separadas por 12.307,56km de distância: Rio de Janeiro e Cidade do México. Paloma e Mateus propõem uma leitura da afetividade mediada e das burocracias em torno da realização dessa cerimônia. A promessa de “conectividade total” dos dispositivos e das redes, na prática, contrasta com os ruídos e limitações dos seus funcionamentos. Em paralelo, em um mundo de muitos deslocamentos e de telepresença, sobre os quais as estruturas burocráticas mantém-se aquém, exigem certificados e presenças que não são mais cabíveis. Partindo de uma situação real de distância, o casal Mateus e Paloma propõe uma caricatura deste cenário, onde seu casamento civil é realizado entre suas imagens e outras pessoas cedem seus corpos como “suporte” para estas imagens, para cumprir com as exigências de um cartório carioca. Paloma e Mateus reescrevem sua intimidade mediada por dispositivos eletrônicos. Das (im)permissibilidades da burocracia e das redes, emergem questões como: o que muda nos afetos em tempos onde tudo é mediado pelo código de programação? Que relações são possibilitadas e transmutadas no trânsito da matéria? Que hábitos são alterados com essas ferramentas presentes no cotidiano e na intimidade das pessoas? Os afetos ainda continuam os mesmos diante de uma realidade mediada pelos dispositivos telemático-tecnológicos?

Nesta segunda edição do Festival de Arte e Tecnologia de Atibaia, promovido pela Incubadora de Artistas, encontramos artistas-inventores-programadores que, além de questionarem o funcionamento e abrangências dos dispositivos tecnológicos nas ações e no imaginário contemporâneo, nos permitem habitar um espaço potencialmente sensibilizado pela intervenção artística, subvertendo, deslocando e poetizando o uso dessas ferramentas no nosso cotidiano.

II Festival de Arte e Tecnologia de Atibaia

Curadoria Festival de Arte e Tecnologia (2016)
Paloma Oliveira & Josy Panão

Tags:FATA, curadoria

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